A disputa pelo comando da OAB, Seccional
Paraíba, promete ser bastante renhida, com duas candidaturas buscando a
confiança dos advogados paraibanos. Como qualquer disputa desse naipe, os
contendores precisam ser precisos como um jogador de xadrez, porque qualquer
lance errado pode comprometer o desempenho de cada um ao final da peleja.
Como não poderia ser diferente, o processo
eleitoral na OAB foi deflagrado de forma antecipada há tempos, quando três pré-candidaturas
se apresentavam aos mais de 20 mil advogados inscritos. Pela situação, Carlos
Frederico se lançava como alguém responsável por seqüenciar a gestão do atual
presidente Odon Bezerra. Do outro lado, Carlos Fábio, atual presidente da Caixa
dos Advogados, e Paulo Maia buscavam espaços no campo oposicionista, o que, do
ponto de vista pragmático, só favorecia a candidatura oficial, tendo em vista a
divisão dos grupos adversários.
E quando tudo caminhava para apresentação de
três candidaturas, sendo duas em oposição ao atual comando da entidade, Paulo
Maia e Carlos Fábio resolvem unir forçar, convergir os discursos e agrupar os
apoiadores em torno de uma única candidatura, no caso a do respeitável professor
universitário, para enfrentar o atual grupo dirigente da seccional paraibana.
O anúncio invadiu todas as rodas de conversas
dos advogados e logo ganhou repercussão na imprensa, que destacou a união de
Carlos Fábio e Paulo Maia como fato novo a merecer bastante atenção, sobretudo
pela força apresentadas por ambos em separado. Agora, unidos em torno do
propósito de “resgatar a OAB”, a oposição liderada por Paulo Maia deve crescer
ainda mais, considerando o profundo desgaste da atual diretoria.
Um dado histórico chama a atenção de quem
procura analisar friamente e sem paixões a disputa que se avizinha. Todas as
disputas eleitorais vencidas pela oposição só foram possíveis quando seus
líderes decidiram somar forças em torno de apenas um nome. Qualquer semelhança,
diriam os dramaturgos, é mera coincidência, mas, a julgar pela repercussão do
fato, que, inclusive, “abafou” o lançamento da candidatura de Carlos Frederico,
já é um sinal clarividente que o jogo já começou e o placar não é mais zero a
zero.
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