sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Oposição marca gol na disputa pela OAB Paraíba

A disputa pelo comando da OAB, Seccional Paraíba, promete ser bastante renhida, com duas candidaturas buscando a confiança dos advogados paraibanos. Como qualquer disputa desse naipe, os contendores precisam ser precisos como um jogador de xadrez, porque qualquer lance errado pode comprometer o desempenho de cada um ao final da peleja.

Como não poderia ser diferente, o processo eleitoral na OAB foi deflagrado de forma antecipada há tempos, quando três pré-candidaturas se apresentavam aos mais de 20 mil advogados inscritos. Pela situação, Carlos Frederico se lançava como alguém responsável por seqüenciar a gestão do atual presidente Odon Bezerra. Do outro lado, Carlos Fábio, atual presidente da Caixa dos Advogados, e Paulo Maia buscavam espaços no campo oposicionista, o que, do ponto de vista pragmático, só favorecia a candidatura oficial, tendo em vista a divisão dos grupos adversários.

E quando tudo caminhava para apresentação de três candidaturas, sendo duas em oposição ao atual comando da entidade, Paulo Maia e Carlos Fábio resolvem unir forçar, convergir os discursos e agrupar os apoiadores em torno de uma única candidatura, no caso a do respeitável professor universitário, para enfrentar o atual grupo dirigente da seccional paraibana.

O anúncio invadiu todas as rodas de conversas dos advogados e logo ganhou repercussão na imprensa, que destacou a união de Carlos Fábio e Paulo Maia como fato novo a merecer bastante atenção, sobretudo pela força apresentadas por ambos em separado. Agora, unidos em torno do propósito de “resgatar a OAB”, a oposição liderada por Paulo Maia deve crescer ainda mais, considerando o profundo desgaste da atual diretoria.

Um dado histórico chama a atenção de quem procura analisar friamente e sem paixões a disputa que se avizinha. Todas as disputas eleitorais vencidas pela oposição só foram possíveis quando seus líderes decidiram somar forças em torno de apenas um nome. Qualquer semelhança, diriam os dramaturgos, é mera coincidência, mas, a julgar pela repercussão do fato, que, inclusive, “abafou” o lançamento da candidatura de Carlos Frederico, já é um sinal clarividente que o jogo já começou e o placar não é mais zero a zero.      


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