quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O anacronismo de João do Zé


O ninho tucano na Paraíba passa por um momento de definições cuja equação final poderá resultar na formação de uma grande frente em defesa da Paraíba e dos paraibanos, ou numa grande idiossincrasia política que poderá legitimar um agrupamento político e um governante cujo histórico não mais se recomenda a quem almeja um tanto de sorte e futuro à pequenina. Não bastassem as indefinições quanto à própria unidade, o partido ainda se dá ao “luxo” de ter sob sua liderança no parlamento legislativo estadual uma figura anacrônica que atende pelo nome de João.

O folclórico parlamentar não consegue mais esconder a satisfação de dar sustentação a um governo que ele próprio já intitulou de administração Zé da gente. João, que não tem nada de PSDB e sim de Zé, com todo o respeito, parece mais um dançarino de lambada, indo mais pra lá do que pra cá, curtindo a mais legítima caricatura da chaga lamentável do fisiologismo político brasileira.

É uma grande piada, diria Diogo Mainardi, a atuação irreverente do circense “líder” tucano na Casa de Epitácio Pessoa. É um comportamento que cheira mal e gera um poço de desconfiança, justamente sobre seus pares, que deveriam ou teriam obrigação de segui-lo.

Não é tarefa fácil seguir alguém que se desnuda de qualquer ideologia partidária, preferindo adotar um estilo light, ou melhor, zero (atitude) em prol de uma causa que ele próprio intitula “pelo bem da Paraíba”.

É como me disse Concebeu, tucano daqueles roxos de corpo e alma.

- Rapaz, alguém precisa dizer a João que vá logo pra Zé, aquele que não é da gente, e largue logo esse negócio de “líder”. Aproveite também e troque de partido.

Pois bem, o fato é que nem Freud explica as razões de tanta inépcia. Penso que alguém precisa dar um empurrãozinho em João e deslocá-lo da atual posição, pondo um ponto final ao malfadado teatro mambembe do cicerone das solenidades fúnebres.

Mas, enquanto isso não acontece teremos que continuar assistindo mais um capítulo tórrido da triste história de um estado pobre, cada vez mais pobre e, diria Caetano, que vive do avesso, do avesso...
Por fim, parafraseando Euclides da Cunha, o sertanejo é antes de tudo um forte. E bota forte para agüentar tudo isso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário